quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Nunca diga: Eu sei, eu sei, eu sei...

Na vida todos precisamos aprender o tempo inteiro e até aquilo que acreditamos saber é sempre bom darmos atenção especial quando tentam nos reensinar.
Os nossos idosos têm o costume de repetirem seus ensinamentos como se nunca tivessem falado sobre o tema conosco e como não somos tão sábios assim, irritamo-nos com suas repetições chatas torcendo o nariz.
É engraçado como os povos mais desenvolvidos do mundo cultivam exatamente este costume. O de jamais abandonarem seus idosos em asilos, ainda que lá estes sejam realmente bem tratados, mas...eu pergunto: Será que nós, no lugar deles, nos sentiríamos melhor abrigados em casa de repouso, que no seio da família que sugou de nós a nossa juventude e vigor?
Muitas vezes vemos filhos e netos que não tem qualquer paciência com avós e pais de cabeça branca ou sem cabelo algum que parecem carregar nas costas o peso de um mundo inteiro e que só são mantidos em casa por causa da aposentadoria que é incorporado a renda familiar!
Muitos sequer procuram trabalho declarando que não teriam com quem deixar o velhinho da casa, mas vão para as baladas e voltam apenas pela manhã, enquanto este velhinho ou velhinha toma conta da criança que passa a noite sem dormir com dor de ouvido ou do dente que está nascendo.
Nunca diga: Eu sei, eu sei, eu sei...
Talvez você ainda não saiba que no peito enrugado do idoso que você despreza, ainda bate um coração que teima em não parar por entender que ainda pode ser muito útil a você, mesmo que você não reconheça isto.
Graça e Paz.

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