Fiquei meditando por alguns momentos numa cena de um casamento e cheguei a me emocionar com tudo o que vi. É lindo o momento em que tudo é medido, inclusive e principalmente, aquilo que se fala.
Noivo, noiva, testemunhas, pais dela e dele, convidados...Todos procuram sempre evitar que qualquer emissão de opinião transforme um momento tão precioso em caos.
Pensando desta forma eu imaginei o mesmo casal com cinco, dez, vinte e até mais tempo de casados e aí, olhei para casais bem mais velhos e pude perceber olhares diferentes.
Vi um casal, jovem também, que segurava as mãos numa cena de amor contido como se lembraçem de seu próprio casamento e sentissem saudades do momento único que passaram. De vez em quando ele falava algo ao ouvido dela que soltava um sorrisinho contido e chegava a mão com um lencinho junto ao lábio para esconder a cena.
Um outro casal com mais ou menos 60 anos tinha a senhora compenetrada no momento e o marido aos cochilos, talvez fossem parentes da noiva e ele estivesse cansado das jornadas que fizera para comprar todo o material da festa.
Um casal de 30 ou 40 anos me chamou muita atenção, pois enquanto a magia do momento ia se passando eles discutiam aos sussurros e a esposa parecia estar muito zangada com alguma coisa. Em certo momento ela chegou a levantar-se para ausentar-se do local e chorar num canto.
É estranho que a vida seja assim. Num mesmo momento de felicidade alguns estejam presentes apenas de corpo, outros por inteiro e outros ainda, nem quisessem estar ali.
Uns falassem pérolas, outros apenas lembrassem e outros ainda, preferissem um campo de batalha.
Penso na vida e no que desejamos para nós mesmos e aí chego a uma conclusão: A Bíblia diz que devemos amar a nosso próximo como a nós mesmos e ainda que os maridos devem amar as esposas como Cristo amou a igreja e por ela se entregou. Não tem o direito de se agredir com palavras, gestos e muito menos, ações!
Se não conseguimos mais viver em harmonia no lar é melhor viver em Paz longe um do outro, apesar de o próprio Cristo condenar isto!
Mas quero fazer apenas uma pergunta: Quem mais sofre com tudo isto? O marido por sentir-se impotente em administrar um relacionamento que para tantos dá certo e muito certo? A mulher que sente-se ferida por não despertar mais amor em um homem que um dia declarou que só se separaria dela com a morte? Não!
Os dois perdem e sofrem, pois a sensação de derrota gerada por apenas uma palavra boba que um dia surgiu como uma pequena brincadeira transformou em tristeza duradoura um gesto de alegria que um dia levou-os ao altar.
Pense:
Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca. Mateus 26:41
Graça e Paz.
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